quarta-feira, 10 de setembro de 2008

[ciência] o cern


O Globo da Ciência e da Inovação e o seu gigante túnel circular

Funcionou hoje o maior acelerador de partículas do mundo, baptizado de Grande Acelerador de Hadrões (LHC), orçado em 3,76 mil milhões de euros, com um perímetro de 27Km de extensão e com um total de 9300 magnetos supercondutores no seu interior. Sobre ele, o mais polémico assunto que se tem discutido é a probabilidade de formação de um buraco negro.

O blogue Obvious explica claramente que isso é impossível: "se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia, e não viveria mais de 1x10^−27 segundos pois, por ser um buraco negro, emitiria radiação e evaporaria. Mas, supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km/segundo) e em menos de 1 segundo ele atravessaria as paredes do LHC e se afastaria em direcção ao espaço. A única maneira de permanecer na terra seria se a sua velocidade fosse diminuída para 15 km por segundo. Supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro do planeta, devido à gravidade, mas continuaria a não ser ameaçador. Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um protão ele passaria pela terra sem tocar em nada (não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio), podendo encontrar um protão para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Para chegar a ter 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade actual do universo.".

A experiência científica do século — que conta apenas com 7 anos —, também em Avenida Central, Jornal de Notícias, Público e Obvious.

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